
Constantine (que é o Keanu Reeves...) descobre o plano brilhante-maquiavélico do anjo: abrir as portas do inferno. Como desgraça pouca é bobagem, o anjo acha que liberando a entrada pra demoniada em geral vai tornar os humanos mais humanos. Ele chegou à conclusão de que o ser humano só conseguiu desenvolver a bondade nos momentos de tragédias da história, então trazendo o inferno pra Terra a bondade vai aflorar...
Lembrei desse filme quando li o texto do blog do Sakamoto "O aguaceiro no Rio pode levar a uma cidade mais justa?. Sakamoto se pergunta (e nos pergunta) se ricos e pobres, "dividindo a mesma situação, talvez enxergassem no outro não apenas um personagem na TV e sim um igual e juntos buscassem uma solução". Taí um pouco da mesma lógica do anjo: se todos estamos no pior, podemos nos tornar melhores, porque nesse caso, inusitadamente um rico se preocuparia com um pobre e vice-versa e então a utopia de uma sociedade "livre, justa e solidária" daria um passo à frente...
O problema é que no pior também podemos nos tornar muito piores. Em meio à barbárie - e nem precisa ser durante a guerra - há decadência moral e mais barbárie. E olha que o Saramago já mostrou bem do que somos capazes em meio à barbárie no Ensaio sobre a Cegueira (cada um daqueles personagens podia ser um de nós, já pensou nisso?)
Então, ser melhor ou pior no pior vai depender do quê? Vai depender de que tipo de sociedade queremos...
Lembrei desse filme quando li o texto do blog do Sakamoto "O aguaceiro no Rio pode levar a uma cidade mais justa?. Sakamoto se pergunta (e nos pergunta) se ricos e pobres, "dividindo a mesma situação, talvez enxergassem no outro não apenas um personagem na TV e sim um igual e juntos buscassem uma solução". Taí um pouco da mesma lógica do anjo: se todos estamos no pior, podemos nos tornar melhores, porque nesse caso, inusitadamente um rico se preocuparia com um pobre e vice-versa e então a utopia de uma sociedade "livre, justa e solidária" daria um passo à frente...
O problema é que no pior também podemos nos tornar muito piores. Em meio à barbárie - e nem precisa ser durante a guerra - há decadência moral e mais barbárie. E olha que o Saramago já mostrou bem do que somos capazes em meio à barbárie no Ensaio sobre a Cegueira (cada um daqueles personagens podia ser um de nós, já pensou nisso?)
Então, ser melhor ou pior no pior vai depender do quê? Vai depender de que tipo de sociedade queremos...
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