terça-feira, 25 de agosto de 2009


Sinto saudades do que eu não tive. Sinto falta do que eu não fui. Sinto a ausência de quem não esteve. Foi preciso uma vida inteira pra eu me tornar quem me tornei e ainda assim sinto as reticências... E agora?

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Cadê o Woodstock da minha geração?


Deu no New York Times: “À medida que as décadas se desenrolam, o festival (de Woodstock) parece mais do que nunca um golpe de sorte: um momento de graça, lamacento, despenteado e difícil de acreditar. Foi tanto um ponto final quanto um começo, um feriado de ingenuidade e sorte cega antes que as realidades do capitalismo retornassem.”


Pois às vezes fico esperando algo inesperado e louco acontecer pra mudar alguma coisa, um efeito borboleta qualquer, nem que seja em uma parte remota do mundo, um minuto do pensamento. E fico imaginando que há 40 anos umas 300 mil pessoas se jogaram na lama, no calor da liberdade e da contracultura pra ouvir Joan Baez, Santana, Jimi Hendrix, Joe Cocker, Janis Joplin. Pois não é que eles mudaram uma geração? E a gente, somos capazes de mudar nossa apática-insatisfeita-geração?

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Sem cair no poço


O ser humano não perdoa. Principalmente a si mesmo e o problema é que no final o que sobra é aquele poço sem fundo de culpa, desespero e frustração. Ai, se a tudo perdoássemos quantos dinheiros todos economizariam com psicólogos e terapias!!! Imagina, uma vida emocional sustentável !(que não sobra nada pra ninguém, nem culpa, nem acusação, nem decepção!)... Imagina se fosse fácil...

Pois quando eu era criança contava quantas vezes tinha perdoado alguém (porque a culpa não era minha nunca né) pra ver se chegava nas contas de Cristo (não foi ele quem falou pra perdoar 70 vezes 7 vezes?) e não chegava... Mas quando a gente cresce, descobre que difícil, mas difícil mesmo é perdoar-se, porque no fundo, nosso mundo exige uma perfeição que ninguém nunca vai ter, até porque o mundo é perfeito à maneira de sua imperfeição... E que afinal, não se trata de culpa, mas de responsabilidades a assumir...