Como escreveu Bob Dylan, a gente dá o melhor pra ser apenas o que somos, mas todo mundo só quer mesmo que a gente seja como todo mundo... E como é que não pira o cabeção desse jeito?!
quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012
Para Eruza, com amor
Eu prefiro azul; ela também. Eu sou agoniada, respondona e me arrependo de ser tudo isso logo em seguida; ela também. Eu prefiro ser discreta; ela também. Meu aniversário é no 7 de outubro; o dela também. Não fosse a idade – eu sou mais velha – a gente brincava que seríamos a mesma pessoa, “duas almas gênias”, ela costumava falar. “Aline, quando eu for ficando mais velha, vou ficar igual a você. Então melhora?”, perguntava ela. “Melhora, Eruza, porque a vida dá umas cacetadas bem duras, aí não tem jeito de ficar pior, fica melhor”, eu respondia. E ela ria, ria, daquele jeito dela, com uma gargalhada que valia por um abraço.
Nos tornamos amigas por causa de uma pipoca Nhac e depois disso não nos desgrudamos mais, porque eram tantos gostos, temperamentos e ideias compartilhadas que dava mesmo a impressão de sermos a mesma pessoa... e não é reconfortante encontrar a si mesma, assim, cara a cara, de forma tão simpática?!
Minha amiga, foi uma grande honra viver ao seu lado. Grande mesmo. Você me mostrou o quão melhor a gente pode ser todo dia e, por isso, muito obrigada. Você me reconfortava só por existir. Gargalhe aí no céu, porque eles vão gostar. E não fique agoniada, seu rastro aqui por esse planeta deixou eternidade entre nós. Te amo <3.
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